UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE BUSCA AUTOMATIZADOS NA PESQUISA DE IMPRESSÕES DIGITAIS LATENTES
Resumo
INTRODUÇÃO
Atualmente, a impressão digital é uma das variáveis mais empregadas para a identificação
humana confiável. Os pressupostos que fundamentam a sua utilização estão associados ao
fato de que cada indivíduo possui uma impressão digital distinta de qualquer outro
(unicidade) e que suas estruturas não sofrem variação significante ao longo do tempo
(imutabilidade) (YONN, 2015). Na criminalística, a análise de impressões digitais latentes,
isto é, aquelas que são deixadas de forma não intencional nos locais de crime e reproduzem
um arranjo das superfícies da pele por meio da transferência de materiais presentes nas
polpas digitais que dependem da aplicação de métodos de revelação para se tornarem
visíveis, têm fundamental importância para a identificação dos indivíduos no processo de
investigação de infrações penais (EXPERT WORKING GROUP, 2012). Para tanto, faz-se
necessária a coleta e o confronto dessa impressão digital, denominada como questionada,
com as impressões de uma determinada lista de suspeitos armazenadas em um banco de
dados, denominadas padrão (GIRELLI, 2015). Em função da quantidade de registros nesse
repositório, a utilização do sistema manual para a busca e identificação de impressões
digitais pode tornar-se impraticável (MOSES, 2011). Uma metodologia de exame de
impressões latentes usual na área forense é o ACE-V (sigla em inglês de Análise,
Comparação, Avaliação e Verificação) (GIRELLI, 2015), a qual é realizada por meio das
Utilização de Sistemas de Busca Automatizados na Pesquisa de Impressões Digitais Latentes
146
Acta de Ciências e Saúde
Número 05 Volume 01
2016
seguintes etapas: (i) a análise das propriedades e atributos da impressão questionada
buscando por uma suficiência de informações e detalhes; (ii) a comparação da imagem
questionada com a padrão para a definição das áreas comuns entre elas; (iii) a avaliação
dessas áreas comuns objetivando a individualização por um acordo de correspondências
onde será decidido pela identificação, exclusão ou inconclusão do procedimento; e (iv) a
verificação, realizada por um segundo especialista, para garantir que o procedimento foi
realizado de forma correta (KRISH, 2013). Nesse contexto, devido à relevância da prova
técnica fundamentada em impressões latentes, os sistemas de busca automatizados
tornaram-se uma alternativa evolutiva indispensável para o confronto dessas impressões em
um banco de dados numeroso. De fato, para aplicações de identificação em grande escala,
não há nenhuma tecnologia de biometria que tenha desempenho semelhante às impressões
digitais quando observados critérios como: maturidade da tecnologia, aceitação jurídica e
custo. (DECHMAN, 2012).
Atualmente, a impressão digital é uma das variáveis mais empregadas para a identificação
humana confiável. Os pressupostos que fundamentam a sua utilização estão associados ao
fato de que cada indivíduo possui uma impressão digital distinta de qualquer outro
(unicidade) e que suas estruturas não sofrem variação significante ao longo do tempo
(imutabilidade) (YONN, 2015). Na criminalística, a análise de impressões digitais latentes,
isto é, aquelas que são deixadas de forma não intencional nos locais de crime e reproduzem
um arranjo das superfícies da pele por meio da transferência de materiais presentes nas
polpas digitais que dependem da aplicação de métodos de revelação para se tornarem
visíveis, têm fundamental importância para a identificação dos indivíduos no processo de
investigação de infrações penais (EXPERT WORKING GROUP, 2012). Para tanto, faz-se
necessária a coleta e o confronto dessa impressão digital, denominada como questionada,
com as impressões de uma determinada lista de suspeitos armazenadas em um banco de
dados, denominadas padrão (GIRELLI, 2015). Em função da quantidade de registros nesse
repositório, a utilização do sistema manual para a busca e identificação de impressões
digitais pode tornar-se impraticável (MOSES, 2011). Uma metodologia de exame de
impressões latentes usual na área forense é o ACE-V (sigla em inglês de Análise,
Comparação, Avaliação e Verificação) (GIRELLI, 2015), a qual é realizada por meio das
Utilização de Sistemas de Busca Automatizados na Pesquisa de Impressões Digitais Latentes
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seguintes etapas: (i) a análise das propriedades e atributos da impressão questionada
buscando por uma suficiência de informações e detalhes; (ii) a comparação da imagem
questionada com a padrão para a definição das áreas comuns entre elas; (iii) a avaliação
dessas áreas comuns objetivando a individualização por um acordo de correspondências
onde será decidido pela identificação, exclusão ou inconclusão do procedimento; e (iv) a
verificação, realizada por um segundo especialista, para garantir que o procedimento foi
realizado de forma correta (KRISH, 2013). Nesse contexto, devido à relevância da prova
técnica fundamentada em impressões latentes, os sistemas de busca automatizados
tornaram-se uma alternativa evolutiva indispensável para o confronto dessas impressões em
um banco de dados numeroso. De fato, para aplicações de identificação em grande escala,
não há nenhuma tecnologia de biometria que tenha desempenho semelhante às impressões
digitais quando observados critérios como: maturidade da tecnologia, aceitação jurídica e
custo. (DECHMAN, 2012).