MODELO DE GERENCIAMENTO PARA INTERFERÊNCIAS ELETROMAGNÉTICAS APLICADO A EQUIPAMENTOS ELETROMÉDICOS

David Pereira Passos Júnior

Resumo


INTRODUÇÃO
Com o passar dos anos, a tecnologia e a prática médica evoluíram lado a lado, permitindo assim o desenvolvimento de Equipamentos Eletromédicos (EEMs) cada vez mais complexos e precisos, que, por sua vez, possibilitam melhoras significativas na prestação de serviços de saúde (AZEVEDO, 2004). Como a qualidade desses equipamentos influencia diretamente na saúde humana, é fácil entender a preocupação da população e dos órgãos fiscalizadores em relação à saúde e aos perigos associados aos possíveis problemas funcionais de EEMs. São altamente relevantes os prejuízos decorrentes do mau gerenciamento desses equipamentos, uma vez que mesmo quando estes não são usados em seres vivos, em perícias por exemplo, possíveis falhas funcionais podem resultar em, desde um atraso na confecção de um laudo, até em um erro pericial. Dentre essas falhas, podem-se apontar irregularidades no desempenho (dosagens erradas dos equipamentos), problemas nos sistemas de segurança elétrica, interferências eletromagnéticas (IEMs), infecções hospitalares, dentre outros (ANDRADE, 2009). Por se tratarem de equipamentos eletroeletrônicos, interferências eletromagnéticas – causadas pela condução de energia, radiação de energia ou por descargas eletrostáticas – podem resultar em problemas de funcionamento nos EEMs, colocando em risco a saúde dos pacientes (CABRAL; MÜHLEN, 2005). Em 2014, de acordo com o Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho (2016), do Ministério do Trabalho e Previdência Social, foram registrados 722.474 acidentes de trabalho liquidados, dos quais 74.171 relacionados ao setor de serviços e equipamentos médicos. Destes, 72 resultaram em óbitos; 372 em incapacidade permanente; 10.572 em afastamento por mais de 15 dias; 32.158 em afastamento por menos de 15 dias; e 31.002 foram resolvidos com assistência médica. Esse setor representa uma parcela significativa dos acidentes de trabalho (10,27%), portanto, diversas ações que contribuem para a segurança de EEMs têm sido desenvolvidas, como programas de manutenções preventiva e corretiva, segurança elétrica, testes de desempenho e calibração (FLORENCE; CALIL, 2011).

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